O documentário acompanha a rotina de um pelotão norte-americano no vale de Korengal, um dos lugares mais perigosos do Afeganistão. A ação é focada em um remoto posto avançado com quinze homens, Posto Operacional Restrepo, assim chamado em homenagem a um médico do pelotão que morreu em combate. É um documentário puramente empírico: as câmeras nunca saem do vale e não há entrevistas com generais ou diplomatas. A câmera passeia de perto entre os soldados, mas evita qualquer julgamento. Registra homens fazendo musculação, jogando videogame e dançando ao som de um radinho de pilha, durante o tempo livre. Flagra também marmanjos aos prantos, tomados pelo medo e por ameaças. O único objetivo é fazer o público sentir que participou de uma mobilização militar durante noventa minutos. Esta é a guerra e ponto final. As conclusões são suas. O tédio pode ser tão mortal quanto o fogo cruzado num campo de batalha. É a impressão que se tem ao ver o documentário "Restrepo", da dupla Tim Hetherington e Sebastian Junger, que passou um ano com o pelotão.